quarta-feira, 15 de abril de 2015

A ilusão das cotas


"Não dá pra achar que o problema é só a ponta do iceberg que a gente enxerga. Porque nunca é"


Como diria Martha Gabriel, grande profissional da área de engenharia, tecnologia e informação, a separação do “On” e “Off” chegou ao fim. A pesquisadora se refere à realidade atual, na qual os indivíduos estão conectados em tempo integral às redes e à tecnologia. Muito interessante as palestras da Martha, vale a pena assistir. Abaixo deixo o link de algumas.

O fim dessa separação faz com que todo mundo esteja conectado todo o tempo. E isso significa que, em qualquer hora ou lugar, alguém pode estar gravando, fotografando, curtindo ou compartilhando algo que você fez. E você pode em tempo real indexar conteúdo em qualquer rede, seja para contar alguma novidade, criticar alguma atitude ou até mesmo abrir as portas de um lugar restrito como o ambiente do ensino superior, para trazer à tona discussões importantes para a sociedade em que vivemos.

E foi isso que um aluno da USP fez, no mês passado. Gravou uma discussão sobre cotas raciais ocorrida durante uma aula de Microeconomia, nesta mesma universidade. Eis que o vídeo publicado no Youtube tem causado discussões agressivas (o que não é tão bacana) e opiniões extremamente divergentes (o que é muito bacana) sobre o assunto. Aliás, como sempre foi.

O vídeo por si só já causou uma polêmica tremenda, seja pela opinião dos que se sentem vítimas quanto daqueles que não querem ser chamados de opressores. Dias depois, a colunista Cíntia Moscovich publica em sua coluna o texto “Eu sou racista”, uma opinião sobre o episódio da USP. É claro que, ao realizar uma análise que foi (na minha opinião) superficial e simplista, a escritora não foi muito feliz e a bola de neve aumentou.

Então, depois de cansar muito e ouvir tanto bla bla bla, voltei a escrever para deixar registrada minha opinião sobre o assunto. Como dizia um professor de Sociologia, não dá pra achar que o problema é só a ponta do iceberg que a gente enxerga. Porque nunca é. Os problemas têm raízes, geralmente bem fortes, em vários outros fatores que desencadeiam as mais variadas situações.

Pois bem. Sempre procuro aplicar esta lógica às problemáticas do dia a dia, na busca da compreensão das coisas que a gente não consegue entender. E se a Sociologia nos diz que todo o problema tem raiz, eu digo que a raiz do problema das cotas está em uma outra coisa chamada educação infantil. Loucura, será?

Não concordo com muitas opiniões do Sr. David Coimbra em suas colunas diárias, mas verdade seja dita, ele possui uma teoria bem interessante sobre os problemas do Brasil. Segundo o escritor, por decisões também simplistas e superficiais, em algum momento o país (leia-se governo) optou por focar na melhoria do ensino superior (destinando investimentos e programas que facilitam o ingresso às universidades).

Meu amigo e admirável professor Josei Pereira, exímio pesquisador da História, estava me contando esses dias sobre como nossos antepassados também foram agraciados com cotas, e a gente nem sabe. Ou prefere nem saber. Você acha que, desempregados e vivendo na miséria como os alemães e italianos estavam na Europa naquela época, teriam somente pelo esforço próprio e trabalho na enxada, conquistado hectares de terra, grandes propriedades, estabelecimentos comerciais e desenvolvido a região somente com o seu esforço? Então isso é engano seu.

Talvez não o seu avô, ou bisavô, mas o seu tataravô recebeu ou lotes, ou moedas, ou gado, ou vendas, ou qualquer auxílio, para iniciar a vida aqui. Essa era a propaganda feita para chamar os imigrantes para a nova terra. O trabalho veio depois. Então veja bem, cotas por cotas, todo mundo recebeu. Até você, que se diz pagador de impostos, muito honesto, trabalhador. Sua geração só existe porque a geração do seu tataravô foi beneficiada com cotas.

Resolvido o problema com as tais cotas, voltamos para a educação. O problema é que, de nada adianta você querer ter uma casa forte se ela for construída sobre a areia ao invés da rocha. O alicerce, a base, a educação infantil e básica, precisa ser fortalecida para depois pensar na educação superior, mas não foi assim que aconteceu.

Ex-secretária de política educacional do Ministério da Educação, membro do Núcleo de Pesquisa de Políticas Públicas da USP e estudiosa do ensino superior, Eunice Durham, aponta que “tanto as cotas raciais como as cotas sociais são remendos demagógicos”. E mais: diz que existe uma grande desigualdade educacional entre pobres e ricos, negros e brancos. Mas a questão é que isso está sendo combatido no lugar errado. Querem consertar as desigualdades do Brasil na porta da universidade, sendo que o problema se origina na educação básica. Então não sou só eu que pensa assim.

As pessoas brigam, xingam, batem boca, se ofendem, mas no fundo estão falando da mesma coisa: querem as mesmas oportunidades. Se naturalmente isso não é estimulado, é preciso “forçar” a igualdade com subterfúgios. O problema, nesse caso, é que não tem como forçar a igualdade. Ela deve ser intrínseca.

Se lá na educação infantil todos tiverem a mesma oportunidade, a mesma educação, sem diferenças entre escolas de ricos e de pobres, ao chegar na universidade, nem vestibular mais vai precisar existir. Aí é que está o ponto. Todos terão as mesmas condições, as mesmas chances, as mesmas oportunidades. Então, ao invés de causar escândalos como foi esse episódio da USP, os alunos poderiam pensar em começar a cobrar os verdadeiros responsáveis por toda essa bagunça.

Não tá certo o suposto opressor que diz “estuda e entra aqui na universidade, ninguém tá te impedindo”. Mas também não é nada ético da parte da suposta vítima dizer “quando o oprimido fala o opressor cala a boca”. Que tal unir esforços e lutar pela educação como um todo? Também tenho minha revolta pessoal e minha história de ingresso na universidade (que aliás não foi fácil nem simples), mas nem por isso invado aulas para fazer valer meu ponto de vista. Procuro ter meu blog, escrever minha opinião, quem quiser comenta, critica construtivamente, e vamos construindo argumentos e discussões de fundamento, que é isso que nos falta no mundo 100% On: coisas de fundamento.



Links recomendados:



terça-feira, 17 de março de 2015

O que os jihadistas do I.E., os traficantes da Rocinha e os políticos brasileiros têm em comum?




“Os homens fazem sua própria história, mas não a fazem sob circunstâncias de sua escolha e sim sob aquelas com que se defrontam diretamente, legadas e transmitidas pelo passado” Karl Marx



Certo dia, lendo a coluna do jornalista David Coimbra, encontrei o que penso ser o mais próximo de uma explicação sobre as barbáries cometidas pelos jihadistas.  Em seu texto, Coimbra faz uma chocante e ousada comparação dos membros do autodenominado Estado Islâmico (E.I.) com os grandes traficantes brasileiros. Essa comparação me chocou, em primeiro lugar, porque foi inteligente. Explico. Alguém sabe porque o E.I. está decapitando presos de outros países? Queimando pessoas em jaulas e publicando o vídeo que prova a execução na mídia internacional? A maioria das pessoas não sabe - porque não se fala sobre os jihadistas, ou pelo menos não se falava até pouco tempo atrás.

O sentimento que permanece em nossas mentes é de dúvida. Ora, os Estados Unidos e a ONU não trabalham para combater o terrorismo no Oriente? Como ainda existem grupos extremistas cometendo tais crimes, de forma tão brutal? E é aí que David compara os jihadistas com os traficantes da popular Rocinha, no RJ. Não são as mesmas perguntas que nos acometem? Ora, o Brasil não possui força policial e um Exército que possa combater os traficantes mano a mano? Como ainda existem criminosos do narcotráfico comandando a população e queimando pessoas vivas para executar dívidas? Coimbra faz então a inteligente façanha de responder a nossa pergunta que fica escondida lá no fundo da mente, toda vez que lemos/vemos/assistimos ao noticiário: por quê? Segundo o jornalista, “porque eles podem”. O jihadista mata porque ele pode. O traficante mata porque ele pode.

Na onda do David, ouso comparar os jihadistas e traficantes com os nossos políticos. Eles fraldam licitações e lucram com percentuais de comissão, tiram a riqueza que é do país através do petróleo e da Petrobras, compram mansões, carrões, “mulherões”, e o que sobra é colocado na conta do HSBC – ou será na Suíça? Enquanto isso, os pequenos empreendedores que desejam um auxílio do governo para alavancar a economia, não conseguem acesso aos limites de crédito do BNDES, pois os ativos deste banco estão financiando as férias dos parlamentares. Por quê? Porque eles podem.

Constitucionalmente, corrupção e roubo são condenáveis. Mas, para que isso ocorra, é preciso que alguém denuncie. Depois que se prove. Então que se comprove. E, por último, que se dê a sentença. Quem denuncia? Um dos envolvidos porque não ganhou a quantia desejada, ou seja, um hipócrita. Quem tem provas? Quem mais roubou, mas escondeu seus feitos. Quem comprova? A presidente, por não poder mais desviar o foco do problema. Quem dá a sentença? O juiz que processou a fiscal de trânsito ao ser multado conduzindo um veículo sem placa. Os hipócritas, a presidente, o juiz, todos eles podem. Porque nós também podemos.

Ou será que não? Quantas vezes você entrou na fila do caixa rápido tendo mais de 10 itens no carrinho, e ainda teve a cara de pau de dizer para a caixa que nem percebeu? O que te aconteceu? Nada. Quantas vezes você estacionou seu carro na vaga destinada aos deficientes físicos e ainda saiu assoviando, como que fingindo não ter visto? O que te aconteceu? Nada. Porém, enquanto burlou o caixa rápido, alguém perdeu o ônibus porque a fila demorou demais. O deficiente físico que precisou ir ao supermercado não conseguiu, pois seu carro estava na vaga destinada a ele. Mas claro, pessoal, sei também que tem pessoas que não são assim. São assado. Ou pior.

Tipo os ijuienses que foram protestar em frente ao quartel nesse domingo. Pediam, como mostra a faixa usada no protesto, a intervenção militar para a saída da presidente Dilma Rousseff. Eu até ampliei a imagem pra ter certeza do que estava vendo. Tenho profunda indignação com esses seres ignorantes, que nem sequer sabem o que é uma intervenção militar, não viveram uma ditadura e nem aprenderam com as consequências dela, e querem clamar exatamente ao órgão que ri da democracia? Por acaso você já viu um neto de escravo, décadas após a abolição, em pleno século XXI, voltar aos engenhos e pedir pra ser amarrado novamente em troncos? É simplesmente inacreditável.



Além dos jihadistas, traficantes e políticos poderem fazer o que fazem, existe também outra variável que radicalmente expresso aqui. O povo tem o governo que merece. Por isso acho da pior hipocrisia ir fazer protesto na praça, junto com caminhoneiros que bloquearam as estradas e impediram a circulação de alimentos perecíveis, e ainda por cima indo fazer fiasco na frente do quartel. Porque foram perdidos, nestas últimas paralisações, milhares de litros de leite que poderiam ter alimentado crianças nas creches, carnes e derivados que abastecem os nossos supermercados, fora as demais perdas humanas devido à incapacidade de realizar uma manifestação inteligente e pacífica.

Isso mesmo. Quem protesta com violência, com bloqueio de estradas e pede a volta do regime militar pode ter razão sobre não aturar mais um governo corrupto e ladrão. Mas precisa voltar pra escola e frequentar matérias básicas como história e matemática. Porque um político mais um jihadista mais um traficante mais uma população ignorante é igual a uma nação sem moral para pedir intervenção de quem quer que seja. A não ser da inteligência.

Ah, mas eu não quero um governo melhor? Ô, se quero. Como todos. Um país melhor pra viver e um futuro melhor para os filhos, é o que se diz. No dia em que eu não enxergar mais a hipocrisia, a roubalheira escancarada e a ignorância aqui mesmo na minha pequena cidade, você pode aguardar que com certeza vai me encontrar nas ruas também. Um abraço e boa semana!

segunda-feira, 9 de março de 2015

“Massa número dois”

"Vivemos cercados por nossas alternativas, pelo que podíamos ter sido" Luis Fernando Veríssimo



Já diz o ditado popular que o que não tem remédio, remediado está. Porém, descobri recentemente com o meu marido que para vários problemas, existe sim um remédio e ele se chama massa número dois. Raspou a roda do carro ao estacionar? Passa massa número dois. Riscou a lataria e quer esconder? Massa número dois. Essa frase se transformou num bordão tão engraçado que agora é a nossa piada interna lá em casa. Faltou dinheiro no fim do mês? Dá-lhe massa número dois.

Usar a “massa número dois” é para nós um exercício de paciência e adaptação. Sempre que pensamos num problema como algo impossível de solucionar, lembramos que é preciso criatividade para enfrentar todas as adversidades. Afinal, precisamos sobreviver. É como dizem: tudo tem seus prós e contras.

Saindo do universo do nosso lar e partindo para o coletivo, percebemos que a economia nacional (com todas as suas variáveis) está afetando as pessoas através da atual crise. Mas pera aí! Economia... crise... o que existe de positivo em não conseguir comprar tudo o que a gente precisa no mercado, encher o tanque do carro, pagar a creche dos filhos ou ter dificuldade pra quitar as contas de água, luz e internet?

Explico. Em tempos de crise, a gente aprende que em primeiro lugar, não precisa de tudo o que está na lista do super. Sabe aquela sobra do churrasco no domingo? Vira carreteiro na segunda! Ao invés de comprar o bolo pronto na padaria, por que não comprar a farinha, o fermento, o chocolate em pó e fazer em casa? É uma ótima distração e ainda economiza. Pesquisar é importante. Aprendi a visitar outros estabelecimentos, descobrir os dias nos quais há promoção de amaciante, me permiti comprar novas marcas de sabão em pó que custam a metade do preço - e pasmem! Dá pra comprar! Lava tão bem quanto o mais caro.

Passei a me desafiar. Adaptei minha rotina e meus horários para deixar o carro na garagem e ir trabalhar de ônibus. Adorei! Encontrei vários colegas que sequer imaginava serem meus vizinhos, fiz novas amizades. Não sinto falta do automóvel e economizo 2/3 do que gastava antes com transporte particular.

Não tenho filhos, mas vários colegas meus tem e precisaram trocá-los de escolinha. Optaram pela instituição pública, por sua vez gratuita. Descobriram que a infraestrutura não deixa nada a desejar, que a equipe que acompanha é tão boa quanto a anterior e as crianças se sentiram mais à vontade.

A conta de energia aumentou, e a de água já era cara. O que fazer? Reaproveitar a água da máquina é a resposta para várias perguntas do dia a dia. Usar a água do enxágue para limpar o piso da casa é ótimo. Banhos mais breves também contribuem para uma conta de energia mais barata.


E quanto à internet.... bem. Não existe receita que funcione para todo mundo. Até mesmo porque ela é importante para o trabalho de muitas pessoas. Mas no que diz respeito ao seu uso em redes sociais, que tal investir mais tempo no relacionamento presencial? A “massa número dois” pode ser o remédio para muitos problemas, mas ela ainda não é capaz de edificar amizades e nem tão pouco mantê-las. 

segunda-feira, 2 de março de 2015

O problema de deixar pra depois: a educação como vetor do progresso

“O objetivo inicial era matricular o maior número de crianças na escola, pra depois pensar na qualidade do ensino. Só que esse 'depois' nunca aconteceu” Cristovam Buarque



Meses atrás, zapeando pelos canais da televisão, chamou minha atenção uma entrevista com Cristovam Buarque, através da Globo News. Cristovam é engenheiro mecânico e possui doutorado em Economia, cursado em Paris durante o exílio político. Atua como senador desde 2010 e é conhecido por uma vida pública voltada ao combate do analfabetismo e da má qualidade dos colégios brasileiros.

Eis que nesta entrevista concedida à Globo News, Cristovam apresenta mais uma vez (sim, ele já concedeu inúmeras entrevistas e concorreu inclusive à Presidência no ano de 2006) o seu conceito de educação. Segundo ele, na bandeira do Brasil, deveria estar estampado não o obsoleto “Ordem e progresso”, mas sim “Educação é progresso”.

O discurso do senador não parou por aí. Através de fatos e dados (apresentados de forma clara e objetiva por alguém que realmente conhece o sistema educacional brasileiro), compartilhou com o repórter Roberto D’Avila ideias que poderiam mudar a realidade do cenário nacional a partir de uma atenção especial à educação. Seus projetos de remunerar os professores com salários a partir de R$ 9.500,00 nunca foram aprovados. Além de condições salariais, propôs a unicidade do sistema, não existindo mais escolas de rico e escolas de pobre. Claro, nada foi adiante.

Hoje, cerca de seis meses após a entrevista na televisão, a Zero Hora realizou outra conversa com o senador. O político que já foi reitor de universidade, ministro da Educação, criador do Bolsa-Escola e escritor, realizou um diagnóstico da educação no Brasil: “Se a gente compara a educação brasileira de hoje com a de 30 anos atrás, melhorou. Se compara como o que se existe hoje da educação, nós pioramos”. Então, a que se deve esta situação?

Segundo Cristovam, isso ocorreu porque o objetivo inicial era matricular o maior número de crianças na escola, pra depois pensar na qualidade do ensino. Só que esse “depois” nunca aconteceu. E existem duas razões para isso. A primeira é cultural, conforme relata o senador, pois o povo (sendo rico ou pobre) não dá importância para a educação. E isso é simples de constatar: ninguém é considerado rico no Brasil por ser culto, mas sim pela casa, pela conta bancária, pelo carro. E a segunda é social e política, pois o governo tem como filosofia resolver todos os problemas da parte rica, e em contrapartida abandona os problemas dos pobres.

O mais interessante é que Cristovam luta pela educação e não por um partido ou ideologia simplista. Prova disso é que ele reconhece que destinar o dinheiro do pré-sal para a educação não muda nada, pois o governo não disse como deve ser gasto o dinheiro, então, não melhora a educação. E além do mais, o pré-sal é uma hipótese. Quem tiver interesse pode ler na íntegra a entrevista da ZH, no link que deixarei abaixo listado. Da mesma forma para visualizar a entrevista na Globo News.

Por que falar em educação em um cenário político tão complicado quanto o que estamos vivenciando hoje? Porque sem ensino básico, não há como exigir que uma nação esteja habilitada a escolher melhor seus representantes. Não existe como acompanhar as exigências de mercado que acompanham o avanço da tecnologia. E não menos importante, não há como exigir, sobretudo, respeito dos indivíduos para com o meio ambiente e entre os seus pares.

Comecemos então, em nossa pequena cidade, a valorizar mais o trabalho do professor. E ao invés de realizar uma manifestação disfarçada de pacífica, mas que prejudica a vida de quem precisa sobreviver, que tenhamos educação para fazer valer nossos direitos enquanto cidadãos. E aí você vai me perguntar: “como fazer isso?”. É simples. Diga para o seu filho, no primeiro dia de aula da vida, que a professora é a mãe dele na escola. Merece respeito digno de tal figura. Foi assim que minha mãe fez. E eu nunca deixei, nenhum dia da vida sequer, de respeitar e admirar esta profissão. Porque a educação começa em casa.

Boa semana!

Links:

Entrevista ZH - Cristovam Buarque
Entrevista Globo News - Cristovam Buarque

Boas vindas

Como meu querido marido diz, a leitura pra mim é um vício. Um bom livro me faz esquecer até as atividades mais naturais do ser humano, como ir ao banheiro ou dormir. Admiro os escritores por colocarem a sua vida em segundo plano, e dedicar-se a alimentar a cultura da sociedade.

Ao iniciar este semestre, na disciplina de Produção de Texto II, a professora nos questionava quanto a qual área do Jornalismo gostaríamos de seguir. Nossa, nem eu tinha parado pra pensar nisso assim de forma tão séria. Prontamente respondi: eu quero ser uma jornalista escritora.

E com o incentivo da professora, aqui estou. Espero os comentários e debates acerca dos temas, que prometo, serão social e politicamente interessantes.

Um abraço a todos e obrigada pela visita!